Inteligência Artificial Generativa: além dos limites

by | Ciência de dados e IA, Transformação Digital

Estamos acostumados a ver a inteligência artificial romper limites. Essa tecnologia versátil, capaz de resolver problemas hipercomplexos, prever cenários e permitir avanços notáveis na ciência e na saúde, agora está prestes a derrubar uma nova barreira.

A Gartner prevê que este é o ano da “inteligência artificial generativa”. A IA entra, assim, em um território tipicamente humano e historicamente ligado à imaginação: o da criação, o da construção de coisas a partir do nada.

Ou seja, a IA não se limitará a aprender com um conjunto de dados para apresentar um resultado, mas também será capaz de gerar artefatos e aplicações a partir do conhecimento adquirido — desde uma peça de software até o desenvolvimento de um medicamento, passando por um etcétera quase sem restrições.

Segundo Gartner, a IA generativa — incluída na lista das doze tecnologias-chave para 2022 — representará 10% de todos os dados produzidos até 2025. Hoje, mal chega a 1%.

Em terrenos antagônicos

Há algum tempo existe o conceito de GAN (redes generativas antagônicas). Elas permitem que duas redes neurais compitam entre si, sem intervenção ou supervisão, em um jogo infinito de soma zero.

A primeira rede, chamada “geradora”, é a que “inventa” as ideias. A segunda, chamada “discriminadora”, verifica se o conteúdo criado pela outra é verídico.

Por exemplo, na criação de uma imagem: se o desafio é gerar do zero o desenho de um semáforo, os primeiros resultados da rede geradora serão rejeitados pela discriminadora até que a figura se aproxime efetivamente de um semáforo real.

No final, teremos uma imagem de um semáforo que não existe na realidade, criada do zero por essas redes. Cada algoritmo, por sua vez, melhora continuamente para “vencer” o outro.

Aplicações generativas

Quais usos podem ser dados à inteligência artificial generativa? Um dos campos mais explorados é o da cibersegurança, tanto a favor quanto contra os interesses das organizações.

Enquanto as empresas podem aplicá-la para construir modelos de proteção adaptáveis às ameaças ou até criar usuários virtuais que inspecionem redes em busca de conflitos, os atacantes podem utilizá-la para se infiltrar e vulnerar diferentes níveis de proteção de maneiras inovadoras.

Outro campo é a criação de dados sintéticos para treinar sistemas de IA, evitando custos e tempo necessários para obter grandes volumes de dados reais.

Na medicina, será possível acelerar pesquisas sobre doenças de todos os tipos, inclusive as mais raras, combinando imagens reais com imagens perfeitamente realistas criadas por essa inteligência.

Esses são apenas alguns exemplos de uma tecnologia que ainda dá seus primeiros passos, mas já demonstra potencial para romper barreiras estabelecidas.

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Sarah Otassu

Sarah Otassu

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