Novo estudo revela divergência de visão entre gerentes e colaboradores sobre o trabalho remoto.

by | Artigos, RPA

Trabalho remoto: um avanço polêmico na indústria do trabalho.

Gerentes e funcionários parecem estar em lados opostos quando se trata do trabalho remoto: enquanto os primeiros acreditam que ele prejudica a produtividade, os segundos são de opinião contrária. A razão pode ser o deslocamento: funcionários incluem esse tempo em suas avaliações de produtividade, enquanto gerentes não.

O trabalho remoto é um dos maiores avanços no mundo do trabalho desde a Segunda Guerra Mundial, mas tem sido alvo de muita controvérsia. Um exemplo é Elon Musk, cuja tentativa de impor o retorno presencial ao escritório para todos os funcionários em novembro de 2022 ameaçou acelerar o ritmo de demissões.

De acordo com pesquisas, gerentes e funcionários têm visões muito diferentes sobre aspectos fundamentais do trabalho remoto, como produtividade e disciplina.

Produtividade: percepções divergentes entre gerentes e funcionários.

Uma parte da discordância parece depender do que as pessoas consideram produtividade. Os funcionários tendem a incluir o tempo de deslocamento em sua conta mental e, portanto, acham que não precisar se deslocar quando trabalham de casa conta como um aumento de produtividade. Os gerentes tendem a ignorar o tempo de deslocamento quando pensam sobre a produtividade: eles só se preocupam com a quantidade de trabalho realizada a cada dia.

Na teoria, ambos os lados podem estar corretos, como nesse exemplo hipotético simples. Imagine um trabalhador que recebe R$1000 por dia pré-pandemia (uma medida de rendimento) e trabalha nove horas mais uma hora de deslocamento, num total de 10 horas, em sua visão. Ele produz R$100 por cada hora que passam trabalhando ou se deslocando. Agora imagine que ele trabalha de casa: o tempo de deslocamento é zero e eles ainda trabalham nove horas. Se ele recebe R$950 por dia, isso é um aumento de produtividade do ponto de vista dele: agora ele produz R$106 por cada hora que dedica ao trabalho.

Mas, do ponto de vista do gerente, as coisas parecem diferentes. Porque eles não contam o tempo gasto de deslocamento, ele considera o trabalhador como produzindo R$111 por hora (R$1000/9 horas). Agora, com o trabalho remoto, a produtividade do trabalhador caiu para R$106 por hora. Se o salário do funcionário continuou o mesmo, a empresa está obtendo menos rendimento pelo seu dinheiro. Também recomendamos que você tente jogar simulador de roleta online junto com nossos ótimos bônus.

Este cálculo simplório obviamente não se aplica a maioria dos casos e não necessariamente é verdade, mesmo assim, segundo a pesquisa, as pessoas tendem a pensar dessa forma. E, como mencionado acima, em muitos casos a produtividade por hora realmente aumenta quando se trabalha de casa. Mas ilustra como o descompasso do deslocamento pode ser importante para explicar percepções diferentes de produtividade. A resposta depende em parte do que é contabilizado.

A produtividade não é o único lugar onde gerentes e funcionários discordam. Eles também têm ideias muito diferentes sobre as consequências disciplinares de não comparecer ao escritório. A pesquisa avaliou, sob a ótica de gerentes e funcionários, o que acontece com os trabalhadores que ficam em casa nos “dias que deveriam estar no escritório”. Os funcionários eram muito mais propensos do que os gerentes a responder “nada”, enquanto os gerentes eram mais propensos a dizer que o trabalhador estava “arriscando ser demitido”.

Country Manager da Practia no Brasil (www.practiaglobal.com.br) e Senior Partner do Setec Consulting Group (www.setecnet.com.br). Master Business Essentials CORe Program pela Harvard Business School, MBA em Liderança e Inovação, Engenheiro Mecânico pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Master Black Belt, Agile Coach, Design Thinker, Manager 3.0, Certified Six Sigma Master Black Belt pela American Society for Quality (ASQ) e Certified Scrum Master pela Scrum Alliance e Facilitador Certificado LEGO® SERIOUS PLAY®

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