A automação na América Latina está entrando em uma nova etapa. As organizações que buscam manter sua competitividade não podem se limitar à automação tradicional: precisam de sistemas que pensem, decidam e evoluam.
Em um contexto regional cada vez mais dinâmico, a agentic automation surge como uma arquitetura transformadora, baseada em agentes autônomos que atuam com propósito e se adaptam em tempo real, trazendo uma nova ressignificação ao talento humano.
“Eu acredito que o impacto será muito grande, e que ainda não temos dimensão disso”, comentou em entrevista exclusiva Juan Echagüe, doutor em informática e Diretor Regional de I+D na Practia, uma empresa Publicis Sapient.
Longe de ser uma visão futurista, essa evolução já começou — e na América Latina, as condições para liderá-la estão mais presentes do que nunca.
Como funciona essa arquitetura transformadora
A Agentic Automation se apresenta como um novo paradigma de automação, operando com sistemas autônomos capazes de compreender objetivos de negócio, planejar múltiplas etapas, interagir com usuários e sistemas, além de se adaptar e ajustar de acordo com o contexto.
Esses agentes percebem dados ou eventos como entradas, decidem rotas de ação, executam tarefas simultâneas ou em sequência e se ajustam diante de exceções. Colaboram com humanos e outros agentes, aprimorando continuamente seu desempenho a cada iteração.
Isso representa um salto significativo no campo tecnológico. A RPA tradicional foi essencial para automatizar tarefas estruturadas e gerar eficiência; já os agentes habilitam o próximo nível, dando origem ao conceito de APA (Autonomous Process Automation), termo cunhado pela Practia.
O avanço não é apenas tecnológico — é uma evolução que agrega valor real.
LATAM e o novo cenário tecnológico
A América Latina está traçando seu próprio caminho na adoção da Agentic Automation, que já vem transformando processos com agentes autônomos e gerando impacto em organizações da região.
Miguel Bilello, Special Business Advisor na Practia, uma empresa Publicis Sapient, comenta em nosso Estudo Anual de Desafios, Prioridades e Tendências:
“Apesar da inflação tecnológica de 4,8% no mundo e de um 2024 complexo, a maioria das empresas aumentou seus orçamentos de tecnologia. Em geral, 40% dessas empresas cresceram acima da inflação tecnológica, outras ficaram abaixo, mas o ponto é que as organizações continuam investindo em tecnologia porque não é uma opção — é preciso investir para não ficar fora do negócio.”
Mesmo diante dos desafios estruturais, os países da região têm demonstrado uma notável capacidade de integrar tecnologias emergentes, adaptando-as às suas necessidades locais.
Investimento e expansão na Hispano-América
A América Latina se posiciona como terreno fértil para esse desenvolvimento. De acordo com a Grand View Research (2025), o mercado regional alcançou USD 187 milhões em 2024 e deve superar USD 1,859 bilhão até 2030, com uma taxa de crescimento estimada de 47,4%.
O Brasil lidera a adoção na região, seguido por México e Argentina. Os setores mais dinâmicos são:
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Banca
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Telecomunicações
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Varejo
Todos impulsionados pela necessidade de modernizar sistemas legados, migrar para soluções em nuvem e aplicar inteligência artificial generativa de forma mais estratégica.
Na Practia, já estamos executando pilotos agentivos em setores-chave como banca, telecomunicações, varejo e energia, combinando copilotos generativos com agentes de execução autônoma.
Nosso enfoque é ágil, independente de tecnologias específicas e sempre orientado a resultados mensuráveis — o que nos posiciona como parceiro ideal para acompanhar organizações nesse salto tecnológico.
A automação agentiva já não é uma promessa. É uma vantagem competitiva que está tomando forma nas empresas mais visionárias da região. Sua organização está pronta para avançar rumo a uma nova era inteligente e adaptável?
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